À ACADEMIA
Era um cego incurável onde afloravam as trevas
O pedagógico mito da caverna, o esquecimento
Um funeral que nos deixava cheio de remorsos
Em uma nuvem que tangível se rendia ao vento
Cultura sucumbindo as corrosões das maresias
Assistíamos incrédulos aos golpes do desalento
Que haja luz eis aí a frase que a todos transforma
E uma brisa varreu os neurônios e amanhece o dia
Um sol percorre os vasos colorindo o puro sangue
Era a jangada da esperança que se perdeu um dia
Mas o mar do esquecimento na força a regurgitou
Escrevendo em sua vela os símbolos da Academia
Filha do sol herdeira dos mares que a todos abraça
Guardiã da alma tourense tão parcialmente mística
Amores cientificamente comprovados nessa aridez
Sonho verde protegido do veneno pobre da critica
Coração pulsante ressuscitando o orgulho pioneiro
Reduto de ideias, farol que aponta a nova política
Pescadora de anseios, santuário das reencarnações
Tradições que nos criaram, costumes imorredouros
Corpo da princesa do litoral norte aos nossos olhos
Povo da esquina venha rever a vila e seus tesouros
Lagrimas de felicidade viajam ao teu passado belo
E a Academia escrevendo te amo a minha Touros
Antepassados retornem para se verem no espelho
História volte ao seu lugar de honra com fantasia
Cultura entre em seu ninho e cante seu belo hino
Política venha acolher nosso povo seja nossa guia
Desfrutai das bênçãos que esta página reescreve
Abre teus braços e acolhe com afeto a Academia
Flávio Santos
Biólogo (UERN)
[Sócio Fundador]
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